22.7.14

Nada acontece até nós termos vontade de fazer as coisas acontecerem.


Rezando muito para que ninguém me suscite interesse, que não mexam comigo. Não me sinto preparada para entrar num misto de emoções, dos quais sei que não sairei sã e salva. Não tenho nada a perder, bem sei. A frieza já cá está. Seja como for, quero continuar entregue a esta liberdade prazerosa que não me deixa sentir mais nada para além de paz, sossego e dedicação para com o meus. Para com quem eu sei que não me vai falhar. De resto, nada dura para sempre. Que o cupido não faça mais estragos. Não agora. Não tão cedo. Não é disso que eu preciso. 

1.7.14

Verídico ou não. O que importa mesmo né?



A noite tinha sido boa, tínhamos dançado kizomba, bem juntinhos, dá para adivinhar o que daí advém, aquela tensãozinha sexual... é inevitável. Enquanto dançávamos ele sussurrava-me ao ouvido palavras de excitação, eu não descolava dele, provocando-o a todo o instante. A pista estava cheia mas era como se estivéssemos lá só nós os dois, entregues áquela melodia fervorosa que já muitas histórias podia contar. Após muitos copos de whisky, optamos por nos virmos embora a pé, percorremos um caminho interminável até casa mas finalmente havíamos chegado e a noite era nossa. Meti a chave na fechadura, a porta não abria, chave errada. Entre beijos e amassos lá consegui. No elevador, ele pegou-me ao colo encostou-me, puxando-me o cabelo daquele jeito, beijando-me o pescoço e querendo descer.
- Vai com calma.
- Calma tive eu a noite toda. Quero-te agora.
Finalmente, o elevador parou. Sem que ele me tivesse colocado no chão, às escuras abri a porta de casa e aí sim, pousou-me bem junto a ele, abraçou-me e antes de qualquer coisa me disse:
- Sabes o quanto esperei por este momento?
Fiquei a olhar para ele, de braços cruzados. Ele ia proferir mais algum comentário inadequado ao momento e antes que o fizesse, foi a minha vez de o empurrar contra a parede, prendi-lhe os braços, beijando-o como se não houvesse amanhã. E afastei-me, olhando-o em jeito de desafio. Virei-lhe as costas e ele veio atrás de mim, seguindo-me até ao quarto. Fugi, e ele não me largou até me 'apanhar'. Rasgou-me a roupa, passando o cheiro dele por todo o meu corpo. E ficamos assim entregues ao sentimento que nos movia. Terá sido um sonho real?